segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Não há verbas

Quantas vezes ouvimos dos governantes e administradores públicos que não há verbas para construção ou realização de obras necessárias para o simples convívio social a muito reivindicadas diariamente pela população, tais como estradas, escolas, segurança, saneamento básico e serviços essências. Diariamente através dos mais diversos meios de comunicação vemos reivindicações para realização ou melhoria de algum serviço público mas nossos governantes mostram-se indiferentes vindo a se manifestar somente após uma tragédia ou calamidade, mas o que realmente acontece a falta das famosas verbas ou vontade política?
Esta semana li num jornal local uma anedota popular sobre políticos que dizia que certa vez em uma campanha política, essas campanhas onde políticos resolvem tudo em busca do voto do povo onde há recursos e solução para tudo durante a campanha, um candidato prometia aos que ali acompanhavam o comício acabar com todas as subidas dos morros e ninguém mais precisaria subir morros, só descer. Esses são os nossos governantes que já tem sua resposta pronta para as reivindicações populares “não há verbas”, somente a arrecadação trilhonaria da receita federal, aliás o único órgão público que funciona.
Uma desculpa tão antiga quanto descabida, provavelmente foi usada pelo primeiro líder tribal que tentou organizar seu bando na idade da pedra á 150 mil anos, insistem nessa mesma desculpa até hoje mesmo com a internet onde podemos em alguns cliques consultar o quanto o governo já arrecadou ou qual o orçamento disponível para qualquer município ou estado.
Se algum político ainda não entendeu aonde quero chegar é só acessar o site http://www.impostometro.com.br/ e verificar o quanto governo já arrecadou este ano por mês, dia, hora, segundo e simular o que poderia ser feito com todo esse dinheiro em obras, serviços no seu município, estado ou no país. Até a presente data já estava chegando a casa de 1 trilhão de reais arrecadados em impostos, você consegue imaginar o quanto é esse valor? O Bill Gates não! Pense numa desculpa melhor.

Um comentário:

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

Eu conheço bem isso!
Sou sulista, mas moro aqui no centro de São Paulo. Todas as vezes que passo pela Rua Boa Vista, bem de frente ao famoso Pátio do Colégio, lugar onde a cidade nasceu, vejo o "impostômetro",que é como chamamos aqule painel que não para de mudar, aumentando sua pontuação, mostrando a todos a quantidade de reais arrecadada de impostos pelo governo.
Não é pouco dinheiro, não!

A pérgunta é: para onde vai tudo isso?
Os políticos não vão responder, mas nem é preciso.
Como dizia a minha mãe, "pior cego é aquele que não quer ver", e o brasileiro faz vista grossa sempre. Mesmo que reclamemos da situação em que estamos, fazemos pouco barulho, e depois esquecemos logo.
será que isto faz parte da nossa cultura? Ouvi dizer que na Suiça o povo protesta quando o preço do tomate aumenta 6 centavos! Alguém fez alguma coisa quando a passagem do metrô aumentou aqui em São Paulo?

E o caso do juis Nicolau dos Santos Neto? Algué ainda se lembra daquele velhinho que desviou (na verdade, roubou!) 169 milhões de reais dos cofres públicos?
Eu ainda era uma criança na época, e, se eu não me engano, este era o número quase exato de brasileiros que havia - cento e sessenta e nove milhões! O equivalente a um real per capita para a nossa população. O desfecho da história foi que ele era muito idoso e sequer chegou ma cumprir toda a pena a qual foi condenado. Sutilezas de uma legislação extremamente falha.

Entre outras coisas, é por isso que sonho em sair daqui. estou estudando françês, e se Deus quiser um dia eu consigo. Dá vergonha de viver num país como este.